Descrição
Seguindo através de uma estrada de chão em descida, chega-se ao mato da sanga, onde pescávamos à noite e encontrávamos pedaços de cerâmica indígena durante o dia. Lá meu tio, em um surto de eremita, construiu uma cabana de madeira. Era sua moradia de fim de semana, mas, como ele frequentava uma igreja pentecostal, acreditávamos que ele preparara o lugar para refugiar-se do fim do mundo com a família.
Havia também o curral, o chiqueiro, o galinheiro, o galpão das lenhas, o galpão dos cavalos, onde meu pai me ensinou a encilhar o Pinhão. Havia muita coisa que não há mais e quem sabe um dia tudo se acabe. Talvez o mundo também se acabe por inteiro, como previa meu tio.
Vitor Eduardo Simon vive em São Leopoldo-RS e trabalha há vinte anos com criação publicitária. Atualmente estuda Filosofia para ser uma pessoa melhor, desafiar sua perspectiva de mundo e quem sabe um dia ser professor. Também é gremista, cinéfilo e pai em tempo integral. Em 2014 publicou seu primeiro livro, Bravos Contos Breves, sem editora, patrocinado por seus amigos. E segue praticando, para que a virtude torne-se um hábito, como dizia Aristóteles.
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